quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Resumo Crítico do filme: "Quanto vale ou é por quilo?"



          O filme “Quanto Vale ou É Por Quilo?” durante o seu enredo, transmite ao espectador uma analogia entre a antiga escravidão como comércio e a atual exploração da miséria pelo marketing social. As cenas são em sua maioria de grande choque ao espectador, com o intuito, de acordar uma população ainda adormecida ao que se passa em sua volta e indigná-las com o que é feito das pessoas e do dinheiro nesse âmbito de interesses. 
          Entre os episódios, é válido ressaltar a ocorrência da captura de uma escrava grávida, a qual, após ser devolvida ao dono sofre um aborto espontâneo. O sangue sai ininterruptamente por entre suas pernas, espantando a platéia com a brutalidade daquelas épocas. Em seguida nos é mostrado que esse desamor não acaba por ali.
Foi-nos retratada outra cena, dessa vez não de uma escrava, visto que a escravidão foi abolida há muitos anos e sim de uma adolescente pobre. A qual era sustentada sem o conhecimento do fato, por um marido sem estudo e dinheiro que capturava e matava bandidos para mantê-los.
          Entre os relatos, são notórias duas semelhanças; A primeira: a desgraça e o risco de ambas as grávidas. A segunda: a existência de um capataz que captura escravos, outro que captura bandidos. Cada em seu tempo, mas ambos com a mesma função.
          O filme mostra que por cima de toda essa fachada de igualdade, bondade e fraternidade, ainda vivemos em uma sociedade predominantemente interesseira e egoísta. ONGs, as quais supostamente deveriam existir única e exclusivamente para ajudar os necessitados, fazem o máximo e conseguem obter êxito sob a miséria dos outros, desviando verbas, não investindo nas estruturas físicas de suas instituições, enfim, onde há mais marketing, há menos piedade.
          Felizmente, ficou claro ao espectador que ONGs corruptas podem ser regra, mas existem exceções e cabe a nós buscá-las.


Racismo


Uma doutrina que sustenta a superioridade de certas raças. “Preconceito ou discriminação em relação ao indivíduo considerado de outra raça”. Assim se define o racismo, implantado inicialmente na sociedade como justificativa para a escravidão. Fundou-se o “mito” de que uma raça diferente da habitual, não pode ser considerada digna. Eram nomeadas desprezíveis e inumanas; sendo assim classificadas por um longo período.

Os negros eram trazidos abarrotados em navios; e os que sobreviviam, eram tratados como simples objetos. Com o tempo foram conquistando alguns direitos. Ganharam a tão almejada liberdade, mas o rótulo ao qual foram submetidos permanece até os dias atuais.

Boa parte da população, teoricamente, abomina, discrimina e crucifica a própria discriminação, porém, não é o que se vê na prática. Afro-descendentes são constantemente confundidos com ladrões, marginalizados perante a sociedade, desclassificados em entrevistas de empregos e quando retratados favoravelmente, são tidos como exceção.

A sociedade de hoje, preza a cor acima do caráter, e os traços europeus acima do talento. Cria marginais ao tirar-lhes a oportunidade de evolução e ainda os culpa por isso.

Um exemplo capaz de retratar o racismo presente no Brasil atual é o da empregada doméstica Maria de Lourdes da Cruz, baleada no pé esquerdo, por um segurança do centro comercial. Antes de fazer o disparo, o segurança,  tentou agredir seus dois filhos. Ela estava no salão quando os rapazes, que passeavam pelo shopping com bermudas, camisetas, chinelos e bonés, queixaram-se de perseguição pelo segurança.

Na saída, os quatro foram seguidos pelo segurança, que gerou  uma discussão na rua. O segurança disparou para o chão, atingindo o pé esquerdo da doméstica.
Os estilhaços feriram o filho de Maria na virilha. O homem ainda teria se preparado para dar outro tiro, mas três seguranças e dois PMs conseguiram impedir que ele voltasse a atirar. O autor do disparo fugiu de carro pela contramão.
 
Além de demonstrar o quão racista as pessoas continuam sendo, apesar da repercussão tremenda e conseqüências sociais devastadoras, esse caso serve também como retrato à impunidade e falta de vigor às leis defensoras da igualdade no Brasil.

Haiti e Japão

          Janeiro de 2010. Uma catástrofe de nome terremoto ocorreu no Haiti. Sua magnitude foi de 7,0 na escala Richter. Março do ano seguinte. O mesmo fenômeno ocorre. Dessa vez no Japão, com uma magnitude ainda maior. Foram nove graus atingidos.
         Apesar de o Japão sofrer um abalo de intensidade maior, suas conseqüências foram tão drásticas quanto às da ilha centro americana. Devido à freqüência de tais acontecimentos e de seu alto desenvolvimento tecnológico, o país já estava preparado. Suas maiores conseqüências não se deveram exclusivamente ao terremoto, mas sim, ao poderoso tsunami que atingiu inesperadamente os habitantes japoneses e devastou tudo que ousou atrapalhar seu caminho. Mesmo assim, sendo o Local altamente importante para toda a economia, e tão mais auto-suficiente que o parceiro de catástrofes, o mundo se mobilizou a ajudar. Além de que, eles já tinham suas reservas econômicas. A notícia transmitida, é que o Banco Central do Japão injetou o valor recorde de 183 mil milhões de dólares nos mercados financeiros para tentar estabilizar a economia. Provavelmente, em pouco tempo, o Japão estará totalmente reestruturado e preparado para outro eventual acontecimento. Do qual, diga-se de passagem, espera-se que não ocorra.
        Já o Haiti, país com características opostas às do Japão, se encontra já há algum tempo, sendo o país mais pobre da América. Esse fato torna inviável algum investimento do porte necessário para impedir as terríveis conseqüências que um abalo sísmico possa causar, como fez o Japão. Além de não ter como prevenir suas conseqüências, eles também não têm como lidar com elas. Após o terremoto, o Haiti contava, única e exclusivamente com a ajuda externa. O dinheiro ganho era gasto com despesas imediatas como comida. Suas condições eram as piores possíveis. Os caminhões de comida eram saqueados pelos haitianos antes mesmo de serem distribuídos. A fome já existia antes do ocorrido e se intensificou depois. Veio em seguida a epidemia de cólera e as mortes continuaram. O Haiti sofre ainda hoje com o mesmo fator que ocorreu há um ano.